Dado o desequilíbrio entre a ciência, neste caso o Marketing, e o humano, alguns liceus da Bay Area (San Francisco, Oakland, San José e Silicon Valley) começaram a dedicar algumas aulas a publicidade .
Ora, nesta cadeira, são apresentados reclames de diferentes marcas, as crianças testam e comparam os produtos (por exemplo se o iogurte X tem sabor de morango ou não) e as crianças chegam sozinhas às suas conclusões de que a publicidade, afinal, muitas vezes não é completamente verdadeira (ou pior, é falsa). Na cadeira, ainda, ensinam as crianças a apresentar uma queixa à autoridade competente (mesmo sabendo que a resposta, no caso do sabor, é de que o gosto e a percepção de sabor são elementos altamente pessoais e, por isso, não suficientes para constituir uma queixa válida). No entanto, as crianças ficaram a saber como a publicidade funciona, como a ouvir, como apresentar queixa e, mesmo que não se possa apresentar uma queixa, a criança VIU, agora, que tem que pensar pela sua cabeça quando vê publicidade.
Entendo que devia de haver destas aulas nos liceus em Portugal, talvez incorporado numa cadeira de cidadania... E, entendo ainda, que a segunda parte do tema deveria focar-se em marketing político – não só as campanhas, mas o que é dito em discursos e entrevistas…
Assim, numa geração, poderíamos ter, finalmente, o eleitorado a pensar direito apesar dos disparates que ouvem…
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