No seu blog, o novo ministro da Economia Álvaro Santos Pereira descreve a emigração para o Reino Unido como um fenómeno novo. Fazendo parte da 'colheita de 2006' descrita pelo gráfico abaixo, posso tentar adiantar algumas das razões pelas quais a escolhemos o Reino Unido:
- A língua. Os nossos pais aprendiam francês, nós aprendemos inglês.
- A cidade: Londres é única, e a par de Nova York talvez a única cidade verdadeiramente global, onde todas as culturas e povos se misturam. Mesmo Paris já não tem o mesmo fulgor como foco de atracção para os novos 'cidadãos do mundo'.
- A mentalidade: ainda existe na cultura inglesa a ideia de que se trabalharmos no duro tudo está ao nosso alcance. Não é bem o 'American Dream' mas na Europa é a única coisa que se aproxima.
- A economia: a bem ou a mal uma das mais fortes do mundo, mas o que mais adoro é a flexibilidade de abrir e fechar empresas, de contratar pessoal, e a ausência de burocracia ou corrupção.
- O povo: adoro-lhes o humor, a estoicidade, o rigor sem exageros teutónicos, a criatividade (sim, a sério) e o uso restringido mas eficaz da emoção. Mas o facto de serem na minha opinião o povo menos xenófobo da Europa também ajuda, nunca me senti 'estrangeiro' nesta cidade ou neste país.
Reino Unido. What else?
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ReplyDeleteO fenómeno não e' só com o Reino Unido. Portugal vive, hoje, a segunda maior vaga de emigração dos últimos 160 anos, sendo que a maior foi com os territórios portugueses em África, entre 1963 e 1974.
ReplyDeleteMas o Reino Unido e', realmente, e por tudo o que aqui e' dito, uma ilha de esperança na Europa.